Quem
é Nelise Carbonare Vieira |
Minha trajetória:
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Nasci sob o signo de
aquário, numa
família protestante, porém bem aberta, estudei em escolas
de projetos experimentais em S. Paulo, e na Igreja absorvi muitos conceitos
da Teologia da Libertação que era base do pastor. Reverendo
Oswaldo Alves é psicólogo, teólogo e estudioso
da parapsicologia, e naquela época durante seus sermões
e na Escola dominical, aprendi a exercer a prática da filosofia
e a análise do desenvolvimento da consciência humana.
Aos quinze anos, me distanciei da Igreja, e encontrei no Jung, a satisfação
das minhas necessidades de estudar o ser humano. No colégio, comecei
a utilizar o I Ching para analisar as pessoas, e apesar deste oráculo
ser um texto de meditação, eu ajudava os outros a meditarem
com ele.
Minha opção deste pequena era
fazer psicologia, mas já muito adiantada nos estudos da psicologia
analítica, não consegui me motivar o suficiente para
cursar o modelo behaviorista que era comum nas universidades da época,
e com uma ideologia mais socialista, achei mais útil a pedagogia.
Fiz o curso na PUC-SP, Piaget era a base do curso, assim o estudo do
desenvolvimento do processo cognitivo me encantou, e passou a complementar
os estudos do Jung, como também
as idéias de Rudolf Steiner, idealizador da Pedagogia Waldorf,
que entrei em contato, em função de estágio para
a faculdade.
Paralelamente, estudava a simbologia, em
várias fontes: astrologia, quiromancia, mitologia e qualquer
material de ocultismo que eu encontrava. Com 18 anos ganhei meu primeiro
livro de Tarot, não tinha baralho, fiz um pequeno e comecei a
brincar, depois encontrei meu primeiro baralho, na Bienal de Livros era
o Tarot Adivinhatórios da Ed. Pensamento, a partir disto comecei
a brincar muito com o Tarot.
Com 21 anos, estava com minha primeira filha recém-nascida,
quando aconteceu a primeira experiência mágica com o Tarot:
Passei o final de semana com amigos em uma fazenda em Tatuí,
tirei usando este baralho da Pensamento Tarot para 7 pessoas, usava
o livro para interpretar as cartas, fiquei muito chateada, porque
só dava tragédias, o texto era muito pesado. Achei
que não devia mais tirar o Tarot. Na segunda feira
já de volta em
S. Paulo, um amigo me procurou, querendo que eu tirasse o Tarot,
disse para ele, que não queria, que achava que era muito pesado,
ele insistiu, fui buscar o livro, não encontrei de jeito nenhum
( anos mais tarde encontrei este livro na casa de uma amiga minha
que não estava neste final de semana na fazenda). Mesmo sem
livro, tirei as cartas para ele, e de novo só tragédias.
Fiquei firme no propósito de não mexer mais com aquelas
cartas.
No mesmo dia, passeando com minha filha, passei em frente
da loja de decoração Mandala do prof. Ramon Molinero, na Rua Oscar Freire em São Paulo, . Ele não
costumava vender tarot na sua loja, mas, naquele dia, passando na
calçada me surpreendi e fui atraída por muitas caixinhas
no balcão de sua loja. Entrei eram sete baralhos de Tarot
diferentes. Passei a tarde toda dentro da loja, com minha filha dormindo
no carrinho. Escolhi o baralho egípcio, naquela época,
não sabia nada das lendas do Tarot, e achei que a mitologia
egípcia era mais antiga que a grego romana, que era a base
do Tarot de Marseille, era mais genuína, original. Lembro
que paguei com dois cheques.
O fato, foi que surpreendentemente,
eu conseguia ler aquele baralho sem me utilizar do livro, e ao contrário
de só dar tragédias, eu conseguia passar um mensagem
bastante positiva para as pessoas. A partir daí, mergulhei
no estudo do Tarot.
No Tarot Egípcio da Editora Kier,
é um pouco diferente do Tarot tradicional (Marseille), não
existe nenhuma referência dos naipes, apenas é numerado
de 1 a 78, mantendo uma divisão que separa as 22 primeiras cartas,
correspondentes aos Arcanos Maiores. Os Arcanos (cartas do Tarot), normalmente
são separados
em cinco grupos, Arcanos Maiores, de 1 a 22, e os Arcanos Menores,
de 23 a 78 que são subdivididos nos quatro naipes do baralho convencional:
Paus, Copas, Espadas e Ouros. Essa diferença, despertou em mim
a curiosidade de tentar identificar no Tarot Egípcio, os naipes
e as figuras, assim comecei a estudar os símbolos da mitologia
egípcia das cartas
deste Tarot, que por sinal é riquíssimo neste aspecto,
buscando as associações nos livros de Tarot convencionais.
O resultado foi desenvolver uma teoria própria do caminho que
o Tarot descreve, baseada nas conceitos da psicologia analítica.
Criei também, meu próprio método
de trabalho, desenvolvi um jogo, onde com as cartas formam uma espécie
de linha histórica, que abrange 16 meses, oito meses atrás
e os próximos oito meses do dia da consulta, e já das
primeiras brincadeiras com o Tarot Egípcio, eu já comecei
a usar este método e a anotar todas as cartas que os consulente
tiravam comigo, e como no começo eram só amigos, a comparar
com os acontecimentos mais tarde.
Aos 23 anos, assumi a profissão,
e
à partir daí a coisa andou muito rápido, a imprensa
me descobriu logo. E eu comecei a trabalhar muito e a dar cursos. Porém,
trabalhando intensamente com as pessoas em crise, comecei a me alterar
muito emocionalmente. Percebi que estava me contaminando demais com as
emoções dos
meus clientes, muitas vezes chegando a captar muito antes até de
atendê-los a primeira vez, já que a fila de espera, entre
marcar a consulta e ser atendido, naquela época era de pelo
menos um mês de antecedência, minha vida virou uma bagunça.
Foi aí, que eu conheci o Dr. Eliezer
Mendes, e sua teoria acerca da mediunidade, e sobre as doenças
psiquiátricas. Ele considera este fenômeno, como uma capacidade
da consciência humana, e que através do desenvolvimento
da sensitividade, podemos ser capazes de identificar e superar nossos
traumas, e até captar e ajudarmos as pessoas a se libertarem
de seus traumas também. Assim, passei a desenvolver minha sensibilidade,
o que deu base, para me equilibrar melhor emocionalmente e para começar
a estudar a psique de uma forma mais profunda. Eliezer, utilizava as
técnicas de regressão com seus pacientes, e utilizava
sensitivas para o trabalho de captação de vidas passadas.
Participei dos trabalhos de sua Clínica em S.Paulo, e de várias
comunidades psiquiátricas que ele tentou criar ao longo de uns
sete anos. No início eu não atendia meus
pacientes com a captação, mas os encaminhava para as
sensitivas do Dr. Eliezer, através dos trabalhos das sensitivas,
comecei a observar que as imagens captadas, pareciam demais com as
histórias vividas na infância pela pessoas ou até fatos
da histórias dos antepassados.
Assim, comecei a desenvolver
uma teoria, que estes trabalhos de regressão possibilitam a
produção de sonhos, que podem ser utilizados como base,
para um estudo psico-analítico dos pacientes. Atualmente, desenvolvo
como sensitiva, este trabalho com as imagens do inconsciente sob a
forma de Terapia de Transidentificação. Este foi o meu
trajeto até agora.
No momento estou morando em Mill Valley na
Califórnia, USA, desenvolvendo estudos de consciência
corporal com o intuito de trabalhar com estados de extrema cognição,
além do atendimento no consultório e ministrando palestras
sobre temas, que percebo ser de muito interesse do público que
me procura, como por exemplo, o tema, "
Alma Gêmea", que é um ensaio sobre a problemática
do amor, que é um dos assuntos principais, dos meus clientes.
No momento, tenho no meu arquivo, mais de 14 mil consultas registradas.
E muitas matérias publicadas nos
maiores veículos de comunicação do Brasil, desde
80, última publicação Revista Claudia de janeiro/98,
editora Abril.
A
foto acima na página, foi capa do encarte
das Revistas Nova e Quatro Rodas em 1982 (teste para a posterior
revista Vejinha São Paulo), quando previ a vitória de
Franco Montoro como governador.
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